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Metaverso Parte 2

Empresas que Apostam no Metaverso.

Não é só o Facebook que entrou de cabeça nessa nova onda.

A Microsoft colocou no mercado, no início de 2021, o Mesh, uma plataforma que permite a realização de reuniões com hologramas. Também criou avatares 3D para o Teams, sua ferramenta de comunicação.

A Nvidia , por exemplo, anunciou em agosto o NVIDIA Omniverse, uma plataforma colaborativa de simulação. Nela, designers, artistas e outros profissionais podem trabalhar juntos na construção de Metaverso.

E não são apenas empresas estrangeiras que apostam nesse mercado. O Banco do Brasil também entrou na “brincadeira”, e lançou no final de 2021 uma experiência virtual dentro do servidor do game GTA. No jogo, o gamer pode abrir na instituição bancária uma conta para seu personagem – é possível até trabalhar como abastecedor de caixa. 

Em novembro, em um aceno à utopia, a Nike criou a Nikeland, uma plataforma dentro do game Roblox. Já em dezembro, a multinacional americana adquiriu uma startup especializada em NFTs de moda. 

Quais Tecnologias Estão Envolvidas.

Blockchain e Criptos.

Para dar vida ao metaverso, uma série de tecnologias precisam ser empregadas.

A Blockchain (banco de dados público e descentralizado), as criptomoedas e os NFTs (sigla em inglês para tokens não fungíveis) também dão suporte para o metaverso. Por meio delas, é possível movimentar valores e realizar o registro de propriedades virtuais. 

Realidade Virtual.

A “VR”, sigla em inglês para Realidade Virtual, se refere a um ambiente tridimensional construído por meio de softwares. Para ter acesso a essa simulação da realidade, os usuários precisam de computadores, óculos de realidade virtual, fones de ouvido e outros equipamentos. Há consoles e games que usam essa tecnologia.

Realidade Aumentada.

Diferente da VR, que leva o usuário para dentro do mundo virtual, a AR (sigla em inglês para Realidade Aumentada) faz o oposto, e insere dados virtuais no mundo real. Há vários games para smartphones que usam a tecnologia, como o Pokémon Go. Há também óculos de AR que mostram em suas lentes informações sobre o ambiente.  

Qual a Relação do Metaverso Com o Mercado de Criptos.

A ideia é que o metaverso tenha uma economia virtual própria, e que as pessoas possam trabalhar, adquirir casas, comprar roupas, ir a festas, fazer reuniões e ter de fato uma vida online. A blockchain e as tecnologias que “rodam” nela – criptos, NFTs e outros – são essenciais para essa nova realidade.

A blockchain, por exemplo, pode ser a base da economia do metaverso. Essa tecnologia, que nasceu com o Bitcoin (BTC) no final de 2008, permite a criação de registros imutáveis sem a necessidade de uma terceira parte, e é uma ferramenta e tanto para governança.  

Já as criptomoedas seriam os meios de troca dessas plataformas. Há inclusive alguns projetos em andamento que utilizam cripto, como os games Decentraland (MANA), Sandbox (SAND) e Axie Infinity (AXS). 

Os NFTs, por fim, servem para registrar e negociar propriedades e itens virtuais. Os tokens não fungíveis são certificados digitais que qualquer um pode ver e confirmar a autenticidade, mas ninguém pode alterar. 

A Economia Cripto do Metaverso.

Já existe uma economia do Metaverso construída em blockchain, com produtos e serviços. Veja alguns dos exemplos citados em relatório da consultoria especializada Grayscale. 

Música – Cantores e djs já estão realizando eventos em ambientes digitais, e recebendo por isso. O show feito pela cantora Ariana Grande é um exemplo.

Publicidade – Proprietários de imóveis construíram outdoors, e passaram a vender esses espaços para jogadores que querem fazer algum tipo de anúncio.

Cassino – Existem cassinos em plataformas de metaverso, onde os gamers podem apostar em jogos de azar e levar – ou perder – algumas criptomoedas.

Arte – Artistas virtuais também comercializam suas obras de arte registradas em NFTs nesses ambientes digitais. Casas físicas de renome, como Sotheby’s, se renderam a esse tipo de negócio. 

Como investir no Metaverso.

Há diversas formas de investir no metaverso.

Criptomoedas – Uma das maneiras de participar dessa utopia futurista é comprando as criptomoedas associadas a ela.

Decentreland (MANA), Sandbox (SAND) e Enjin Coin (ENJ) são algumas delas. Essas moedas digitais podem ser adquiridas por meio de exchanges. Geralmente há taxas de saques e transferências. Falaremos de cada uma mais adiante.

Fundos de investimentos – É possível também aplicar em fundos voltados ao Metaverso. Em dezembro de 2021, a gestora brasileira Vitreo lançou o produto “Vitreo Metaverso”, que investe apenas em ações ligadas ao setor. O aporte mínimo é R$ 1.000. A empresa cobra 0,9% ao ano de taxa de administração e 10% de taxa de performance sobre o que exceder o índice S&P500 Total Return.

Terrenos virtuais – Outra forma de investir é adquirir terras virtuais no Metaverso em plataformas e vendê-las no futuro. Em novembro, um terreno virtual de 566 metros quadrados de um game do metaverso foi vendido por US$ 2,4 milhões em criptomoedas.

Quais São as Criptomoedas Impulsionadas Pelo Metaverso.

Há diversas criptomoedas associadas à utopia. Algumas delas são:

Descentraland (MANA).

É um ambiente virtual construído na blockchain do Ethereum (ETH).

A MANA é a criptomoeda nativa da plataforma. O projeto tem atraído marcas e empresários interessados em criar negócios digitais. É um dos principais representantes do metaverso.

Enjin Coin (ENJ).

Essa plataforma disponibiliza ferramentas para criação de produtos em blockchain e NFTs sem taxas. O ENJ é seu token nativo. Em 2021, o projeto criou um fundo de US$ 100 milhões para apoiar iniciativas do metaverso, como jogos que mesclam as realidades física e virtual.

Sandbox (SAND).

Nasceu como um rival do Minecraft, mas depois passou por uma reformulação e mergulhou no universo da blockchain e das criptomoedas. É um ambiente virtual onde as pessoas podem jogar, construir casas e ter uma vida virtual.

Gala (GALA).

É um ecossistema de jogos play-to-earn (jogue para ganhar) para blockchains. O GALA é seu token nativo. O primeiro título lançado pela plataforma foi o Town Star, um simulador de ambiente rural. Outros games são Echoes of Empire, Mirandus, Spider Tanks e Fortified.

Axie Infinity (AXS).

É um jogo em blockchain que ajudou a popularizar o conceito de play-to-earn. Funciona de forma semelhante ao Pokémon. Os players criam personagens e batalham com monstros ou outros jogadores. O AXS é o token de governança do jogo, e dá para os detentores poderes de decisão dentro do ecossistema.

MyNeighborAlice (ALICE).

É um game em blockchain em que os jogadores podem construir ilhas virtuais, bem como coletar e construir itens. O ALICE é seu token nativo. Com o ativo, os usuários podem comprar objetos virtuais do ecossistema, fazer staking (emprestar as criptomoedas para a rede em troca de lucro) ou participar de decisões do jogo.

Críticas ao Metaverso.

Um futuro meio real e meio virtual não agrada a todo mundo. Privacidade, centralização e vício são alguns dos receios levantados por especialistas.

Privacidade – Por causa da possível centralização do metaverso, a questão da privacidade também veio à tona. Se empresas como Facebook, Google e outras já detêm um mundaréu de dados dos usuários de seus produtos e serviços, imagine quando as pessoas passarem a viver 24 horas por dia conectadas. 

Centralização – O conceito do metaverso ainda está em construção, mas a ideia por trás da utopia, em especial aquela defendida por entusiastas do mercado de criptomoeda, é que ele seja descentralizado e aberto a todos. No entanto, a entrada de empresas como Facebook e Microsoft na jogada sugerem que as big techs vão fazer de tudo para controlar de alguma forma parte desse mercado.

Vício – Outro ponto que tem gerado críticas é o fato de o metaverso ser um tipo de tecnologia que vicia e faz as pessoas se desconectarem da realidade. No filme Jogador Nº1, o personagem James Donovan Halliday (Mark Rylance), criador do metaverso OASIS, disse no final do longa que se deu conta que criou uma realidade virtual porque tinha medo de se relacionar com as pessoas:

“Eu criei o OASIS porque nunca me senti à vontade no mundo real. Eu não sabia como me conectar às pessoas lá. Eu tive medo durante toda minha vida. Até o dia que soube que ela (vida) estava no fim. Foi quando eu dei conta de que por mais aterrorizante e dolorosa que a vida possa ser, é também o único lugar para se fazer uma refeição decente”.

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